abril 14, 2012

Medalhista dos Jogos Pan-Americanos 2007

Rosângela Conceição, primeira medalhista brasileira em Luta Olímpica, bronze no Rio Pan 2007, tem na inclusão social de crianças com Síndrome de Down mais uma força de atuação.



Rosângela Conceição, a “Zanza”, é uma das principais atletas do Brasil. Começou a carreira esportiva no Judô, aos 10 anos e por influência de seu irmão, chegou a disputar os Jogos Olímpicos de Sidney, em 2000.  A atleta tornou-se faixa preta em Jiu-Jitsu e, em 2003, iniciou-se na prática de uma modalidade esportiva até então pouco conhecida no país: a Luta Olímpica Wrestling (luta livre e luta greco-romana), Estilo Livre - Feminino.

Em 2005 conquistou a medalha de ouro no Campeonato Pan-Americano, iniciando sua jornada de reconhecimento da mulher brasileira neste esporte. Zanza se tornou a primeira mulher brasileira medalhista em lutas nos Jogos Pan-Americanos 2007 ao derrotar a dominicana Sulmira Brea, por 2 rounds a 0, conquistou a Medalha de Bronze, na categoria 72kg. Em setembro deste ano, no Mundial de Luta Olímpica, no Azerbaijão, Zanza superou as fortes concorrentes da Suécia, Japão e Ucrânia, em sua categoria. Em fevereiro de 2008 busca sua classificação e é grande promessa de Medalhas de Ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em agosto do próximo ano.

A visão empreendedora e humanista tem marcado sua atuação social pelo esporte. A atleta desenvolveu um trabalho com crianças portadoras de Síndrome de Down, no Hospital Darcy Vargas, na capital paulista, e também com jovens de comunidades carentes no bairro de Pirituba, em São Paulo. Seu desejo é sempre elevar a consciência e orgulho dos negros sobre suas origens. “Tenho orgulho de ser negra. Venho de uma formação importante na minha família, e muitos mestres e professores que me ensinaram muita coisa. O desejo de poder contribuir para uma sociedade mais humana e justa se consolidou quando me encontrei na filosofia defendida pelo humanista Daisaku Ikeda, numa visão prática de que agir em prol das pessoas é a maior das felicidades. Minha ação, minha atitude, com todas as características natas, podem fazer a diferença. Me sinto plena!”

Outra marca de Zanza é ter garra sem perder a femilinidade: "Sou muito vaidosa. Luto sempre com o cabelo bem feito e unhas pintadas. A mulher tem que se cuidar e não pode perder a feminilidade, mesmo praticando um esporte como a luta".