fevereiro 15, 2009

É dificil, mas não é impossivel, eu acredito e sonho


No ano passado, a atleta já havia sido protagonista de outro feito ao ganhar a primeira medalha feminina da modalidade em Jogos Pan-Americanos, com o bronze no Rio de Janeiro. “O Eugênio sempre falou que eu tinha tudo para me dar bem na luta olímpica. Resolvi apostar”, conta.
O sucesso repentino, contudo, rendeu apenas dividendos técnicos. Rosângela sobrevive com R$ 1,5 mil por mês, bancados pelo Bolsa Atleta, programa federal de auxílio a esportistas. Pouco para quem teve de abandonar empregos paralelos como personal training em nome da dedicação exclusiva ao esporte – são mais de oito horas diárias de treino. Quase nada para quem planeja montar uma equipe de 12 pessoas, entre técnicos, sparrings e nutricionista, às vésperas de embarcar para Pequim.
“É gratificante e ao mesmo tempo lamentável. Quebrei barreiras sem apoio algum, sem o mínimo de incentivo, sem o mínimo de reconhecimento. Só continuo porque sou teimosa e porque o brasileiro é capaz de superar todos os obstáculos”, afirma ela, que complementa o orçamento graças a ajudas periódicas de familiares e amigos. “Não sabia que a luta olímpica era tão desvalorizada no nosso país”, acrescenta.

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